Ensino Um pouco menos
de ecrãs, sff
A modernização das salas
de aula tornou a escola mais atrativa, mas uma série de estudos sobre o uso de
recursos digitais na educação pede mais cuidados: Ponto de situação feito pelo
Observatório de Recursos Educativos:
CANADÁ
Uma investigação publicada na revista Computers & Education demonstra que a utilização de computadores em sala de aula, quando
comparada com o simples uso de lápis/esferográfica e papel, numa situação em
que há lugar à exposição de uma matéria curricular, contribui para piores
resultados em termos de compreensão dos assuntos lecionados.
REINO UNIDO
Num inquérito a estudantes do ensino superior, o aspeto citado que
mais contribui para a desmotivação
destes nas aulas são as apresentações em
slides de power point. Entre os métodos considerados menos aborrecidos,
estão sessões práticas de discussão de casos – o que não implica,
necessariamente, o recurso às tecnologias digitais…
NORUEGA
Um outro estudo, também
de 2013, publicado no International Journal
of Educational Research, detalha o trabalho feito por três investigadores
de uma universidade norueguesa. Na análise às respostas de 72 adolescentes, de
15 e 16 anos, concluíram: os que leram
em papel impresso compreenderam melhor a informação do que aqueles que a
leram no monitor de um computador.
EUA
A tese vem explicada no
artigo Why the brain prefers paper
(Porque o Cérebro prefere o Papel) publicado em novembro de 2013 na revista Scientific American. Baseando-se num
estudo efetuado na Indiana University Bloomington – e na ideia de que os
circuitos neuronais da leitura, numa criança com 5 anos, cintilam de atividade,
e que isso não acontece quando escreve no teclado – o autor do texto sustenta
que o leitor está muito menos disponível para aprender, quando se encontra diante do
computador do que face ao papel.
In Visão de 20 de
fevereiro de 2014