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SEMANA DA LEITURA CELEBRAÇÃO DA LEITURA

 A Cerimónia de Entrega de Prémios, evento cultural concebido com o intuito de realçar livros, autores e leitores e, ao mesmo tempo, partilhar experiências de leitura, cativando assim, outros leitores, este ano, decorreu no dia vinte e nove de março, no mês de março, na Biblioteca Escolar. A entrega de prémios e certificados de participação e atribuição de menções honrosas, foi precedida da leitura de excertos de obras lidas e da apresentação das razões das suas opções.
 Certos de que a criação de hábitos de leitura e o seu desenvolvimento deriva de um processo lento e contínuo que vai sendo escalado ao longo do tempo, desde tenra idade, a verdade é que, os que se predispõem a percorrer este caminho alcançam um conhecimento mais aprofundado do mundo que os rodeia e adquirem uma sensibilidade excecional que os torna pessoas mais completas, mais tolerantes, mais aptas para as várias mudanças a que estarão sujeitas ao longo do seu percurso de vida. Assim, muito nos apraz divulgar neste Blogue alguns dos excertos lidos pelos referidos alunos e partilhar com a comunidade as fundamentações apresentadas. 


        “Filémon e Báucis viveram felizes muitos anos. E uma tardinha, como aquela da visita dos deuses, quando estavam à porta de casa, olharam um para o outro com grande espanto. Mudavam de figura, transformavam-se em árvores: o cabelo em folhas, os braços em ramos, o fato em cortiça…
        - Filémon!
        - Báucis!
        - Adeus!
        - Adeus!
Mal pronunciaram o “adeus”, fechou-se-lhes a boca como casca de árvore.”

António Sérgio, Contos Gregos, Porto Editora, 2015, p. 18 e 19





            Eu gostei deste excerto por causa da magia das palavras. O escritor (António Sérgio) fez um trabalho espetacular. Falou mesmo com o coração.
     É assim que se escreve uma boa história.
Helena Mota, 6º B



 “ – Cá por mim – disse o Diogo – espanhola ou francesa, quero lá saber, até podia ser bósnia ou chinesa a ver se eu me ralava!
    E o meu irmão saiu da sala e enfiou-se pelo quarto dele a cantarolar “todos diferentes, todos iguais” em ritmo de marcha.”

Alice Vieira, Trisavó de Pistola à Cinta, Caminho, 2004, pág. 39

     Gostei deste excerto porque ir a cantar em ritmo de marcha até ao quarto é uma maneira diferente e gira de andar. Eu sou uma pessoa que gosta de fazer, descobrir e ler coisas novas e diferentes. Por isso, aconselho este livro a pessoas que gostam de livros diferentes.
     Eu, escolhi este livro porque a minha Professora de Português o aconselhou aos alunos que têm o hábito da leitura.
    Antes de o requisitar, decidi ler o resumo da história, para ter a certeza de que o queria ler. Depois de o requisitar, li apenas a história “Trisavó de espada à cinta”, porque para além desta história o livro tem mais algumas. No final de o ler, selecionei o excerto de que mais gostei.
     Obrigada!
Alice, 5º C




         “Santos Reis, santos coroados.
          Vinde ver quem vos coroou
          Foi a Virgem, mãe sagrada,
          Quando por aqui passou.”

Seleção de Sophia de Mello Breyner Andresen - Primeiro Livro de Poesia, Caminho, 2004, página 13



            Eu gostei deste excerto porque gosto bastante de poesia. A poesia faz-me sentir bem, faz-me sentir relaxada e faz-me sentir eu própria.
Ana, 6ºC   


     
“Eram as rosas e os cravos que tinham chegado. E logo a seguir chegaram os malmequeres, os narcisos, os lírios, as papoilas, os miosótis, os girassóis, as camélias, as urzes, as margaridas, os amores perfeitos, as glicínias.
As flores de estufa chegaram um pouco depois.
O Gladíolo foi dançar com a Begónia.
A Tulipa ainda não tinha chegado.
Florinda ria sentada na beira da jarra e batia palmas de alegria.
As danças das flores eram extraordinárias, leves e lentas.
Primeiro as flores formavam uma grande roda. Depois a roda desfazia-se e transformava-se em estrela.”

Sophia de Mello Breyner Andresen, O Rapaz de Bronze, Edições Salamandra, 1994, página 30


            Eu apreciei muito a leitura deste livro porque fala de várias coisas que podemos observar na natureza, como as árvores, as plantas, as flores, os jardins de buxo e todas as cores que se encontram à nossa volta e que alegram o nosso planeta. Este parágrafo é muito vivo e alegre, tudo nele parece uma festa, a alegria da Florinda, as danças das flores e as cores variadas dos malmequeres, dos lírios, das papoilas e de todas as outras flores.

Pedro, 5º B

















Alice no País das Maravilhas
Lewis Carroll

A Pesca da Baleia – Raul Brandão