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21 de março - Dia Mundial da Poesia e Dia Mundial da Árvore

Para assinalar este dia, sugerimos a leitura do poema:

A Voz da Tília

de Florbela Espanca


Diz-me a tília a cantar: “Eu sou sincera,

Eu sou isto que vês: o sonho, a graça;

Deu ao meu corpo, o vento, quando passa,

Este ar escultural de bayadera …

 

E de manhã o sol é uma cratera,

Uma serpente de oiro que me enlaça …

Trago nas mãos as mãos da Primavera …

E é para mim que em noites de desgraça

 

Toca o vento Mozart, triste e solene,

E à minha alma vibrante, posta a nu,

Diz a chuva sonetos de Verlaine …”

 

E, ao ver-me triste, a tília murmurou:

“Já fui um dia poeta como tu …

Ainda hás-de ser tília como eu sou …”

 

(in Eu não sou de ninguém. Coimbra: Ed. Alma Azul, 2004.)


Florbela Espanca (1894-1930) foi uma poetisa portuguesa, autora de sonetos e contos importantes na literatura de Portugal. Foi uma das primeiras feministas de Portugal.

Sua poesia é conhecida por um estilo peculiar, com forte teor emocional, onde o sofrimento, a solidão, e o desencanto estão aliados ao desejo de ser feliz.

Com caráter sentimental, confessional, sempre marcado pela sua paixão e sua voz feminina, fato este que a tornou a grande figura feminina das primeiras décadas da literatura portuguesa do século XX.'

https://www.ebiografia.com/florbela_espanca/


Para aprenderes mais sobre esta poetisa, visita a página da RTP: 'A poesia viva de Florbela Espanca'

https://ensina.rtp.pt/artigo/florbela-espanca-1894-1930/