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Foz do Douro

Foz do Douro. Esta velha, crestada pela desgraça e pelo tempo, com sulcos de velhice e de lágrimas na cara é que os impele para o mar. E o mar tem-lhos levado todos. Dobra-se-lhe o corpo exausto, rodilha gasta pela vida. Mas quando o Inverno chega e a fome aperta, é ela que os injuria:
- Má raios partam o mar! Então quereis morrer à fome e os mininos?
Se os batéis estão em perigo, corre a costa, açoitada pelo vento, bebendo as lágrimas e o cuspo do mar, e contendo o coração em farrapos, com as mãos negras apertadas sobre a tábua rasa do peito.
- Quem lhe falta tiazinha?
- O meu filho, o meu neto. Já o maldito me levou o pai, leva-me agora os filhos!
Andou toda a vida de luto. Viu-os despedaçados nas pedras, e deitou toda a ternura que tinha para deitar. Mas incita-os, pragueja, empurra-os para que não haja fome em casa. Só o mar dá o sustento e a morte. Há mais de um mês que dura o Inverno.
- Má raios partam o mar!
E corre com as redes à cabeça, a cesta no braço, e os soluços represados na garganta, levando o neto atrás de si a rastos para o barco.

- Tenho chorado tantas lágrimas como aquele mar salgado! ...


PROJETO DE ANIMAÇÃO COMUM 2016-2017

A PINTURA E A LITERATURA

Retrato de Raul Brandão e de sua esposa D. Angelina Brandão, 1928
COLUMBANO BORDALO PINHEIRO

Óleo sobre madeira
22 × 27 cm
assinado e datado
Inv. 651
Historial
Doação dos retratados, em 1930.
Exposições
Barcelona, 1929; Lisboa: mnac, 1957, 87; Lisboa, 1980, 66; Caldas da Rainha: Museu de José Malhoa, 1994, 4, cor.
Bibliografia
MACEDO, 1952, CVX, p.b.; FRANÇA, 1967, vol. II, 265.; FRANÇA, 1981, 75; Caldas da Rainha, 1994, 70, cor.
    SANTOS, Rui Afonso – “Retrato de Raul Brandão e de sua esposa D. Angelina Brandão, 1928
Columbano Bordalo Pinheiro” [Em linha] Disponível em: <http://www.museuartecontemporanea.pt/pt/pecas/ver/382> [Consult. em: 13 de novembro de 2017]

Raul Brandão












Raul Brandão
1867-1930
Escritor, jornalista e militar
                                           



Olhares sobre…


As Ilhas Desconhecidas 

“Um dos mais belos livros de viagem da literatura portuguesa. A mais completa homenagem aos arquipélagos atlânticos.”



O Reino Maravilhoso

"O escritor confessa com frequência saudades de casa, mas também diz que desejava viver uma vida diferente, uma vida nua, como a daqueles açorianos livres e orgulhosos. Quando escreve sobre a Madeira, elogia uma terra fértil, romântica, voluptuosa e feliz, mas também a considera terrivelmente turística, engalanada para inglês ver. Brandão prefere a melancolia aguda dos Açores, uma paisagem visível que traduz uma inquietação interior. 



As Ilhas Desconhecidas é um magnífico livro de viagens, mas é muito mais que isso: faz da geografia das ilhas portuguesas uma geografia metafísica, tremenda e maravilhosa. Um reino deste mundo e de outros mundos."



    Crítica de Pedro Mexia ao livro As Ilhas Desconhecidas, de Raul Brandão, publicada            no Expresso.